terça-feira, 25 de outubro de 2011

FAMÍLIA,FAMÍLIA,PRECISAM LEVAR MAIS A SÉRIO!

Marlene Heuser
Não adiantam os manuais para alcançar a felicidade; o segredo está no amor e no carinho do ambiente familiar.
É comum encontrarmos pessoas que perguntam: “Tudo bem com você? E a família, está bem?”
A resposta é sempre: está tudo bem ou tudo certo.
Geralmente é nestas ocasiões que fazemos uma pausa para refletir sobre o assunto.
Quantas vezes respondemos tudo bem com um nó na garganta, porque há poucos instantes discutimos com o parceiro ou com o filho.

A crescente competitividade do mundo moderno exige dos profissionais um esforço quase heróico.
Graças a esse corre-corre do dia-a-dia a família tem ficado de lado.
Quando foi que você sentou com um filho para bater um papo ou saiu com o seu cônjuge para namorar?
Há quanto tempo você não diz para um membro da sua família: “eu te amo?” ou “eu gosto de você?”
Será que é babaquice como alguns apregoam por aí?
Outros dizem que o mais importante é demonstrar. Mas, demonstrar com um brinquedo novo, com um carro zero, ou com uma viagem ao exterior.


As pessoas costumam, muitas vezes, dar mais atenção a conhecidos, colegas e amigos que se dizem carentes e nem percebem que, dentro do próprio lar pode ter alguém deprimido e carente de afeto.
Muitos chegam até a adoecer por falta de um carinho ou de uma palavra de conforto.
As carícias verbais são essenciais em qualquer relacionamento. No entanto, percebe-se que a maioria das pessoas foi treinada desde a infância a apenas demonstrar o afeto.
Por isso, tanta gente encobre a dificuldade pessoal de verbalizar o que sente e ainda justifica:
Ele me conhece, porque vou ficar falando que gosto a todo o instante; só falo eu te amo em ocasiões especiais; se eu ficar dizendo que gosto ela poderá se desinteressar por mim...  
Muitos pais são capazes de fazer uma super festa no aniversário do filho, mas incapazes de dar um abraço carinhoso, um beijo ou dizer: “que bom que você existe”.

Existe um consenso entre os estudiosos de diversas áreas apontando para a crise que avassala a instituição familiar.
Jovens completamente perdidos e desorientados, sem noção clara do certo e do errado, sem responsabilidade, sem diálogo com os pais, bebendo além da conta e, sem o calor familiar diário são alvos fáceis da violência urbana.
Muito se fala e pouco se faz. A sociedade reconhece a situação, a imprensa divulga as cenas exaustivamente e os pais que um dia se uniram pelo casamento com a intenção de educar os filhos parecem alheios a tudo isso, acreditando que isto só acontece na casa ao lado.

Numa época competitiva como a que vivemos, a luta por um lugar no mercado de trabalho tem feito os pais abraçarem o mundo.
Trabalham demais para poder oferecer aos filhos uma boa estrutura e um padrão de vida digno.
Não é fácil encontrar o ponto de equilíbrio para conciliar a vida profissional, pessoal e familiar.
O casal precisa se unir para compartilhar as responsabilidades financeiras, para educar os filhos e suprir as suas necessidades de afeto e de carinho.
Nessa correria toda alguém sai perdendo?
Perde o próprio casal e estes com os filhos que tanto desejaram ter.
O estresse da vida moderna tem se transformado em uma verdadeira neurose e até as crianças sofrem com isso.

O tempo é todo cronometrado:
deitar tarde, acordar cedo, trabalhar, na volta ajudar um nas tarefas escolares, banho, dar atenção para o menor, preparar o jantar e, ambos vão deitar exaustos.
As crianças, por sua vez, têm a agenda lotada: aula de línguas, ballet, judô ou informática.
Muitas vezes, os pais esquecem o quanto é importante o investimento de tempo com qualidade.
Os pais separados geralmente têm esse tipo de preocupação para compensar a dor da ruptura do vínculo familiar.
Tem gente que usa a “falta de tempo” como desculpa.

A felicidade de um pai e de uma mãe está intimamente ligada à felicidade de seus filhos.
Um filho feliz sente-se amado, querido e escutado.
Na família todos se alegram com o sucesso individual de seus membros e os apóiam em caso de dificuldades ou derrotas.
É na família que os filhos aprenderão os valores e os comportamentos necessários para a vida em sociedade:
a solidariedade, a confiança, a generosidade, o respeito, a respeitar as diferenças de gostos de temperamento, de desejos e de necessidades
Uma família unida e feliz é fruto da consciência de que a felicidade é decorrente de pequenos atos do cotidiano.
E, os pais têm uma responsabilidade enorme na condução de sua família.
Cabe a cada um encontrar o equilíbrio necessário para construir as bases para a felicidade da própria família.  
A propósito, como anda a sua família?   

transcrito do Blog

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